Não sei qual a razão, mas muitos personagens históricos
resistem a serem biografados em vida. Ainda bem para a literatura esportiva que
Pep Guardiola, um dos técnicos mais importantes do futebol mundial,
supercampeão pelo Barcelona e do Bayern de Munique, deixou-se biografar. “Guardiola Confidencial” (Editora Grande
Área) de Martí Perarnau é leitura obrigatória para amantes do esporte e,
principalmente, treinadores interessados em estudar e conhecer estratégias
dentro e fora dos gramados.
Sinopse (da
editora):
Josep Guadiola i Sala, ou simplesmente Pep Guardiola, o
nome que o futebol consagrou, é o personagem central do livro. Artífice
ideológico, como treinador, de um tipo de jogo plástico, vencedor e
revolucionário, Pep deixou o Barcelona, onde conquistara todos os títulos
possíveis, para se lançar em um novo projeto profissional no Bayern de Munique,
outro gigante do futebol europeu.
E para escrever sobre ele, o jornalista Martí Perarnau
acompanhou durante um ano o dia a dia do novo comandante do Bayern. Perarnau
obteve do próprio Guardiola permissão para compartilhar o vestiário com os
atletas, seguir de perto todos os passos do técnico e detalhar uma temporada
inteira do catalão no comando do clube.
Estava lançado o desafio a Martí: decifrar a
personalidade de Pep Guardiola, o técnico que deu ao Barcelona os melhores anos
de sua história. O autor soube aproveitar o acesso livre – sem precedentes! –
aos bastidores de um dos maiores clubes de futebol do mundo. Observou de perto
um personagem apaixonado pelo futebol, meticuloso e obsessivo em sua busca pela
perfeição. Pôde conhecer melhor também as ideias e conceitos de jogo
fundamentais para o técnico, desfazendo ao longo da obra uma série de clichês
que rodeiam a figura de Guardiola.
Em artigo escrito para o jornal The Guardian,
Perarnau descreve a personalidade de um técnico ao mesmo tempo racional e
extremamente emocional. Diz que Pep prepara os jogos e estuda os adversários
com a cabeça, mas durante a partida quem manda é o coração. "Ele é frio,
analítico, meticuloso e calmo quando disseca adversários em busca de possíveis
fraquezas. E o Bayern, agora, fala a língua de Guardiola", conclui
Perarnau.
Guardiola Confidencial recebeu o prêmio Livro do Ano de
2014, da Revista Panenka, de Barcelona, que explora a cultura
futebolística valendo-se de um enfoque cultural, social e político.
Prefácio
Por André Kfouri
Há uma passagem neste livro que vai arrepiar os pelos do
seu corpo. Não pretendo arruinar a experiência, apenas direi que tem a ver com
Lionel Messi e um dos momentos que, para Pep Guardiola, justificam a profissão
de técnico de futebol. São poucas linhas que você lerá e relerá, imaginando
como a cena se deu e tentando compreender como um instante, na solidão de uma
sala iluminada pela tela de um computador, pode ter tanto significado.
Esta leitura lhe proporcionará outros momentos marcantes,
como a conversa entre Guardiola e o lendário enxadrista Garry Kasparov, um
encontro de cérebros privilegiados traduzido em palavras. Ou a descrição
minuciosa das sessões de treinamento do Bayern de Munique, material valioso
para os interessados no método de trabalho em campo de um técnico
revolucionário. Ler e reler será um hábito que o acompanhará até o último
ponto, quando a estranha sensação de chegar ao final de um livro a contragosto
se instalará. E você será convidado a começar de novo.
Pep Guardiola é um mistério. Como profissional e como
pessoa, mantém o acesso a seu mundo restrito a poucos. Não permite invasões e
não gosta de vazamentos. Antes deste trabalho de Martí Perarnau, o que foi
publicado a respeito do técnico catalão se assemelhou a um olhar afastado,
baseado em conversas com quem pôde ver mais de perto. O autor entrou na bolha,
foi convidado a sentar-se à mesa e nos trouxe um relato sem precedentes.
Um dos grandes méritos deste livro é ser capaz de
surpreender não o leitor que quer conhecer Guardiola, mas o leitor que julga
conhecê-lo.
Uma das surpresas é a desmistificação de um treinador
identificado por muitos como um guardião da estética. O objetivo principal dos
times dirigidos por Guardiola não é praticar um futebol belo — essa é apenas a
impressão que eles provocam. Seus únicos dogmas são a coragem e a bola. E seu
presente para o jogo é desfazer o falso conflito entre “jogar bem” e “vencer”,
uma falácia criada por preguiçosos que encanta os enamorados pelo futebol feio,
algo ainda mais deplorável do que não gostar de futebol. O Barcelona de
Guardiola foi impiedoso com todos eles ao confiscar seus argumentos, como disse
definitivamente César Luis Menotti em entrevista à revista argentina El
Gráfico: “Guardiola foi um furacão devastador, arrasou com toda a farsa e a
mentira, as destruiu, as aniquilou de tal maneira, que agora até os italianos
querem ter a bola e jogar”.
A monumental obra do Barcelona dos “pequenos”, dos
meios-campistas frágeis e geniais, reformou uma época em que a faixa central do
campo parecia território exclusivo para gladiadores musculosos especializados
na negação do jogo. O sistema aperfeiçoado por Guardiola criou um time
histórico, que reprogramou os objetivos de clubes e seleções em relação à
maneira de atuar. Quando os executivos do Bayern imaginaram como deveria ser o
futuro do time em termos de estilo, Guardiola representava a visão mais
completa e inovadora. Este livro é um diário da implantação de um jeito de
jogar futebol que contraria as características do que sempre se praticou na
Alemanha. Mais uma demonstração do caráter transformador de Pep, pois não se
trata de criar um Barça que fale alemão, mas sim um Bayern que fale
“guardiolês”.
Lamento pelos seus afazeres diários. Mesmo os
obrigatórios serão influenciados por estas páginas — as próximas, que fique
claro — magistralmente escritas por Martí Perarnau, enfim traduzidas para o
português. Elas são uma linha direta com o Steve Jobs do futebol.
CAPÍTULO 1
Tempo, paciência, paixão
Nova York, outubro de 2012
Garry Kasparov balançou a cabeça enquanto terminava o
prato de salada. Usou as mesmas palavras pela terceira vez: “É impossível”. Já
falava com um tom de irritação na voz. Pep Guardiola insistia em lhe perguntar as
razões pelas quais considerava ser impossível competir com o jovem mestre
Magnus Carlsen, o mais promissor enxadrista do momento.
O jantar transcorria em clima amigável. Guardiola e
Kasparov haviam se conhecido semanas antes, e desde o início o técnico catalão demonstrou
abertamente seu fascínio pelo grande campeão. Kasparov encarna qualidades que
Pep admira profundamente: rebeldia, esforço,inteligência, dedicação, persistência, força interior...
Daí o entusiasmo ao conhecê-lo pessoalmente e encontrá-lo para dois jantares,
em que conversaram sobre competitividade, economia, tecnologia e, é claro,
esporte. Guardiola se afastara da elite do futebol poucos meses antes e
começava a gozar de um ano de tranquilidade em Nova York. Deixara para trás, no
FC Barcelona, um período triunfal — o mais brilhante, bem-sucedido e
apaixonante da história do clube catalão, talvez inigualável: seis títulos em
sua primeira temporada, além de catorze troféus dos dezenove possíveis em
quatro anos. Os resultados de Guardiola eram excepcionais. Mas, para alcançá-los,
ele havia se esgotado. Exausto e descontente, disse adeus ao Barça antes que os
danos provocados fossem irreversíveis.
Em Nova York, ele queria começar de novo e viver um ano
de paz, esquecimento e tranquilidade. Precisava preencher um reservatório de energia
que tinha se esvaziado e passar mais tempo com a família, que pouco via pelos
compromissos de trabalho. Sua intenção era conhecer novas ideias e dedicar-se
aos amigos. Um deles era Xavier Sala i Martín, professor de economia da
Universidade Columbia e tesoureiro do Barça em 2009 e 2010, a última etapa de
Joan Laporta como presidente do clube. Sala i Martín é economista de prestígio
internacional e um bom amigo dos Guardiola. Morando em Nova York há muito
tempo, ele foi essencial para que a família de Pep vencesse algumas reservas em
relação à cidade norte-americana: os filhos não dominavam o inglês e Cristina, a
esposa, ocupava-se demais com o negócio da família na Catalunha. Assim, não
entendiam bem o que Guardiola propunha. Sala i Martín encorajou a família a
curtir a experiência de viver em Nova York, que acabou sendo muito melhor do
que esperavam.
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Garry Kasparov |
Sala i Martín também é amigo íntimo de Garry Kasparov. No
outono, a família Guardiola convidou o economista para visitar sua casa em Nova
York. “Sinto muito, mas esta noite tenho um compromisso: marquei de jantar com
o casal Kasparov”, desculpou-se, antes de sugerir a Pep que o acompanhasse.
Guardiola ficou encantado com a ideia, assim como o próprio Kasparov e sua
esposa, Daria. Foi um encontro fascinante. Não falaram de xadrez nem de
futebol, mas de invenções e tecnologia, da coragem de romper paradigmas, das
virtudes de não se acovardar diante da incerteza e da paixão. Falaram muito da
paixão. Kasparov expôs de forma clara suas ideias pessimistas sobre os avanços
tecnológicos. Segundo ele, o mundo está estacionado economicamente porque o
potencial tecnológico serve basicamente para jogos e novos inventos não possuem
a relevância dos antigos. Na opinião de Kasparov, a invenção da internet não
pode ser comparada à da eletricidade — que provocou uma autêntica transformação
econômica, permitindo o acesso da mulher ao mercado de trabalho e multiplicando
por dois o volume da economia mundial. O ex-campeão mundial de xadrez explicou
que a verdadeira influência da internet na economia produtiva, não na
financeira, é muito inferior à que teve a eletricidade. Deu como exemplo o
iPhone, cuja capacidade processadora é muito superior à dos computadores da
Apollo 11, os AGC (Apollo Guidance Computer), que possuíam cem vezes menos
memória RAM que um smartphone atual. Segundo Kasparov, os AGC serviram para
levar o homem à Lua, mas agora usamos a potencialidade de um telefone celular
para matar passarinhos (referindo-se ao game popular Angry Birds). Sala i Martín, um homem de raciocínio prodigioso,
assistiu maravilhado à conversa entre Kasparov e Guardiola: “Foi fascinante ver
dois homens tão inteligentes improvisando um diálogo sobre tecnologia, invenções,
paixão e complexidade”, disse.
O encantamento mútuo foi tamanho que, poucas semanas mais
tarde, eles se encontraram para um segundo jantar — ao qual Sala i Martín não
pôde comparecer porque estava na América do Sul, mas que teve a presença de
Cristina Serra, esposa de Pep. Naquela segunda noite, sim, se falou de xadrez. Guardiola ficou surpreso
com a intensidade de Kasparov ao falar sobre o norueguês Magnus Carlsen, visto por
ele como o indiscutível futuro campeão mundial — o que de fato aconteceu um ano
depois, em novembro de 2013, com a vitória sobre Viswanathan Anand por 6,5 a
3,5. Kasparov rasgou elogios ao jovem mestre (de 22 anos na época), a quem
chegou a treinar secretamente em 2009, e também detalhou algumas fraquezas que
deveria corrigir se quisesse dominar por completo o mundo do tabuleiro. Foi
então que Guardiola perguntou se Kasparov se sentia capaz de vencer o emergente
campeão norueguês. A resposta o surpreendeu: “Tenho capacidade para derrotá-lo,
mas é impossível”. Guardiola imaginou se tratar de uma frase politicamente
correta que continha toda a diplomacia que um homem impetuoso como Kasparov era
capaz de demonstrar. E por isso insistiu: “Mas, Garry, se você tem capacidade,
por que não conseguiria vencê-lo?”. A segunda tentativa obteve a mesma
resposta: “É impossível”. Guardiola é teimoso, muito teimoso, e não largou o
osso que Kasparov lhe atirara. Insistiu uma terceira vez, enquanto o enxadrista
ia se encerrando cada vez mais em sua concha protetora, os olhos fixos no
prato, como naqueles tempos em que precisava defender uma posição frágil no
tabuleiro. “É impossível”, voltou a dizer com certo ar de lamúria. Guardiola
mudou de tática, afastou o prato de salada, que mal havia tocado, e decidiu
esperar outra oportunidade para sondar as razões pelas quais Kasparov se sentia
incapaz de vencer o jovem Carlsen. Não só por curiosidade, mas porque tinha
consciência de que a resposta podia guardar um dos segredos do esporte de alto
nível.
Fazia só quatro meses que Pep abandonara o comando do
Barça, depois de construir um cartel de vitórias único e inimaginável. Tinha deixado
o clube porque se sentia vazio, desgastado, esgotado, incapaz de levar mais
glórias a uma equipe que havia se fartado de tantas conquistas. Foi o primeiro
e único na história do futebol a conseguir os seis títulos possíveis em uma
mesma temporada. Mas Guardiola renunciou ao Barça por esgotamento e agora, já
renovado e recuperado, ciente de que a energia voltava ao seu corpo — e,
sobretudo, à sua mente —, via-se diante de um dos grandes mitos do esporte, o qual
lhe repetia sem hesitar que ainda possuía as capacidades para vencer, mas que
era impossível fazê-lo. Sentiu curiosidade, é lógico. O enigma de Kasparov
continha muito mais que uma anedota para contar aos netos; nele se encontrava a
resposta para o que Guardiola desejava saber há muito tempo: por que se
desgastara tanto no Barça? E, principalmente, como evitar tanto desgaste no futuro?
Se eu tivesse que definir Pep Guardiola, diria que ele é
um homem que duvida de tudo. A origem dessas dúvidas não é a insegurança nem o
medo do desconhecido: é a busca da perfeição. Ele sabe que alcançá-la é
impossível, mas a persegue do mesmo modo. Por isso, muitas vezes tem a sensação
de que seu trabalho está inacabado. Guardiola é obcecado pelas dúvidas.
Acredita que só pode encontrar a melhor solução depois de examinar todas as
opções. Lembra, nesse aspecto, o mestre enxadrista que analisa todas as jogadas
possíveis antes de realizar o movimento seguinte. A obsessão por esclarecer as
dúvidas é um traço da essência de Pep, capaz de dar voltas e mais voltas em
torno de qualquer assunto que envolva o jogo antes de tomar uma decisão.
Quando estuda como encarar uma partida, ele não duvida da
vocação do seu time: todos ao ataque, com a bola e para ganhar. Mas esses são
conceitos muito amplos, e Guardiola desenha com traços finos. Suas grandes
ideias são imutáveis, contudo se compõem de muitas pequenas ideias, que ele vai
destrinchando na semana que antecede a partida. Pensa e repensa sobre a
escalação, a entrada de um jogador em vez de outro, os movimentos que cada
atleta fará em função do adversário, a sintonia de algum jogador com um
companheiro, como trabalhar as linhas da equipe diante do ataque inimigo...
A mente de Guardiola se parece com a do enxadrista que
calcula e analisa todos os movimentos, próprios e do adversário, para antecipar
mentalmente o desenvolvimento da partida. Jogue contra quem jogar, a preparação
será idêntica: não haverá um segundo de descanso até guardiola confidencial que
ele estude e avalie todas as opções. E quando terminar, voltará de novo a todas
elas. É o que Manel Estiarte, seu braço direito no Barça e no Bayern, chama de
“lei dos 32 minutos”, em alusão à dificuldade de fazer Pep se desconectar do
futebol. Estiarte emprega todos os recursos ao seu alcance para de vez em
quando conter a obsessão do treinador e obrigá-lo a se distrair, mas sabe por
experiência própria que a distração não dura mais de meia hora: “Você o leva
para comer em um restaurante para que se esqueça do futebol, mas depois de 32 minutos
já vê que ele começa a divagar. Os olhos miram o teto, ele faz que sim com a
cabeça, diz que está escutando, mas não olha pra você, já está pensando outra
vez no lateral esquerdo do time adversário, nas coberturas do volante, nos
apoios ao ponta... Passou meia hora e ele volta a suas digressões internas”,
explica Estiarte.
Se os jogadores estiverem fechados com ele, se o Bayern o
apoiar, Guardiola não se desgastará tanto com a tensão causada pela análise constante
das variáveis. Às vezes, Estiarte o manda embora de Säbener Straβe, a cidade
esportiva do Bayern, para que ele se desconecte. Nesses dias, Guardiola volta
para casa e passa um tempo com os filhos, brinca com eles, mas meia hora depois
vai até um canto que preparou no final de um corredor, que não chega sequer a
ser um quarto pequeno, e recomeça suas divagações. Passaram-se 32 minutos e é
preciso repassar novamente todas as dúvidas, apesar de ser a quarta vez no dia
em que as examina.
Por tudo isso, a resposta de Garry Kasparov era tão
importante. Daí vinha sua insistência em resolver o enigma. Por que um mestre lendário
como Kasparov, cujas capacidades são excepcionais, considerava impossível
derrotar um rival? Foram Cristina e Daria, as esposas, as rainhas daquele
tabuleiro nova-iorquino, que desvendaram o enigma. Levaram a conversa novamente
para o rumo da paixão, desse ponto passaram à exigência e ao desgaste emocional
e, por fim, desembocaram na concentração mental. “Talvez seja um problema de
concentração”, sugeriu Cristina. Daria deu a resposta: “Se fosse só uma partida
e durasse apenas duas horas, Garry poderia vencer Carlsen. Mas não é assim: a
partida se prolongaria por cinco ou seis horas, e ele não quer viver outra vez
o sofrimento de passar tantas horas seguidas com o cérebro funcionando a todo
vapor, calculando possibilidades sem descanso. Carlsen é jovem e não tem
consciência do desgaste que isso provoca. Garry tem, e não gostaria de voltar a
passar por isso durante dias a fio. Um conseguiria se manter concentrado por
duas horas; o outro, por cinco. Por isso seria impossível ganhar”.
Naquela noite, Guardiola dormiu pouco e pensou muito.
Sobre o autor:
Martí Perarnau nasceu em Barcelona em 1955, participou
dos Jogos Olímpicos de Moscou em 1980 nas provas de salto em altura,
especialidade em que foi campeão e recordista na Espanha em todas as categorias.
Como jornalista, dirigiu a editoria de esportes de diversos periódicos e da Televisión
Española na Catalunha. Há mais de vinte anos vem se dedicando também ao
mundo da gestão, primeiro como diretor do centro de imprensa das Olimpíadas de
Barcelona, em 1992, e posteriormente, já em Madri, como executivo de empresas
do ramo audiovisual. Atualmente, comanda sua própria agência de publicidade e
colabora, como analista, em vários meios de comunicação. Em abril de 2011
publicou seu primeiro livro, Senda de Campeones, cujo enfoque são as
categorias de base (La Masia) do FC Barcelona. Por sua segunda obra,
chamada Herr Pep e lançada no Brasil sob o título Guardiola Confidencial,
recebeu, em fevereiro de 2015, o prêmio de Livro do Ano de 2014 oferecido pela
revista Panenka. Dirige o magazine esportivo digital www.martiperarnau.com.
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