Grandes, enormes torcidas. A paixão do brasileiro pelo
futebol não fica restrita aos tradicionais clubes da região Sul e Sudeste, como
Corinthians, Flamengo, Internacional ou Cruzeiro. No Nordeste, há clubes com
histórias riquíssimas em suas longas trajetórias.
É o caso do tradicional Bahia, para a massa apaixonada de
torcedores: “Baêa”...Melhor ainda quando o grito é “Bora Baêêêa!”...Povo que se
espalhou pelos quatro cantos do país. Basta ver um clássico do campeonato
brasileiro, com qualquer grande clube de São Paulo, por exemplo, para vê-los
com suas bandeiras em grande número nas arquibancadas dos estádios.
E há momentos nesta bela história de vida que mereciam
transformar-se em um livro. É o que o jornalista Elton Serra fez com o seu “Década
de Ouro – A história do heptacampeonato do Esporte Clube Bahia” (Editora Via Escrita).
Sinopse (da
editora):
Com prefácio do ex-jogador e técnico Evaristo de Macedo,
e orelha do ex-jogador do Bahia Douglas Franklin, a obra imortaliza uma
epopeia. Conquistas que saem das arquibancadas e dos gramados da Fonte Nova e
ganham as páginas do livro “Década de Ouro – A história do heptacampeonato do
Esporte Clube Bahia”, de Elton Serra.
Serra traz histórias de personagens importantes para o futebol da Bahia, como o seguro Sapatão, o incansável Baiaco, o sempre regular Fito e o extraordinário Douglas, além dos mestres Zezé Moreira e Paulo Amaral, dentre outros espetaculares jogadores e técnicos que passaram pelo Tricolor e também cravaram seus nomes na lista dos grandes do Esporte Clube Bahia. Histórias que fizeram com que o clube se tornasse um dos mais populares do Brasil.
É preciso voltar no tempo para entender o porquê de um time tão vencedor. Conhecer as histórias dos protagonistas de uma década repleta de conquistas, bem como os estorvos encontrados num caminho nada fácil, num período onde a ditadura era extremamente voraz no Brasil. Uma época em que o Bahia encantou gerações, formou craques e catapultou a carreira de dirigentes. Momentos que envolvem brigas dentro e fora de campo, muito sincretismo religioso e guerras de nervos sem fim, contadas por aqueles que construíram a própria história.
Serra traz histórias de personagens importantes para o futebol da Bahia, como o seguro Sapatão, o incansável Baiaco, o sempre regular Fito e o extraordinário Douglas, além dos mestres Zezé Moreira e Paulo Amaral, dentre outros espetaculares jogadores e técnicos que passaram pelo Tricolor e também cravaram seus nomes na lista dos grandes do Esporte Clube Bahia. Histórias que fizeram com que o clube se tornasse um dos mais populares do Brasil.
É preciso voltar no tempo para entender o porquê de um time tão vencedor. Conhecer as histórias dos protagonistas de uma década repleta de conquistas, bem como os estorvos encontrados num caminho nada fácil, num período onde a ditadura era extremamente voraz no Brasil. Uma época em que o Bahia encantou gerações, formou craques e catapultou a carreira de dirigentes. Momentos que envolvem brigas dentro e fora de campo, muito sincretismo religioso e guerras de nervos sem fim, contadas por aqueles que construíram a própria história.
O dia 28 de setembro de 1979 é um dos mais marcantes da história do Esporte
Clube Bahia. Fito marcava o último gol de uma saga que durou sete anos e
transformou o Esquadrão de Aço num dos clubes mais vencedores da história do
futebol brasileiro. Era o sétimo título baiano seguido de uma equipe que nasceu
para vencer e arrebatou corações estado afora.
Com o desenrolar dos jogos e das conquistas, o leitor constata as façanhas da geração mais vencedora do Bahia. Ainda assim, a obra não traz superlativos. Apenas tenta recontar uma história repleta de glórias, que por si só se encarregam de enaltecer os seus principais personagens.
Com o desenrolar dos jogos e das conquistas, o leitor constata as façanhas da geração mais vencedora do Bahia. Ainda assim, a obra não traz superlativos. Apenas tenta recontar uma história repleta de glórias, que por si só se encarregam de enaltecer os seus principais personagens.
Apresentação
Por Elton Serra
Por Elton Serra
A comemoração foi inesquecível. Uma multidão tomou as
ruas de Salvador naquela noite de 28 de setembro de 1979, invadindo a madrugada
do dia seguinte. O Esporte Clube Bahia estabelecia uma soberania no futebol
estadual e revirava a história do esporte na terra do Senhor do Bonfim, com
sete títulos consecutivos no Campeonato Baiano. Numa década em que o
desenvolvimento econômico em Salvador era inversamente proporcional à
desigualdade social, o Tricolor de Aço se enriqueceu, ao mesmo tempo em que
apaixonou ricos e pobres, através dos pés de Sapatão, Baiaco, Fito, Douglas e
suas dezenas de companheiros.
Nasci pouco mais de dois anos após o último título da
saga do heptacampeonato, mas a memória é tão rica que venceu os anos de industrialização
do futebol, elitização do esporte com as modernas arenas e os inúmeros jogos em
canais fechados de televisão, e perdura até hoje nos ouvidos e olhos dos mais
novos. Recontar um período em que atletas jogavam muito mais por amor do que
por dinheiro é eternizar uma das mais ricas histórias da Bahia, onde uma gama
de sentimentos se mistura com as cores do maior ganhador de títulos do estado.
Jogadores moldados por técnicos que souberam explorar o
máximo de seus talentos, dando padrão tático e liberdade para que os craques usassem
a inteligência em prol do time. Meio-campistas acima da média, que eram
resguardados por uma defesa sólida e abasteciam um ataque veloz e fulminante.
Um grupo que superou os inúmeros meses de salários atrasados e as dificuldades
de não ter local fixo para treinar para tornar-se respeitado em todo o país,
por acreditar que a nação azul, vermelha e branca era o principal combustível
para atropelar adversários e empilhar taças na galeria do clube.
Uma história cercada de rivalidade, que envolve um Ba-Vi
que terminou na delegacia e um torneio que não acabou por causa do clima quente
entre tricolores e rubro-negros. De um craque decidindo um campeonato após chegar
embriagado na concentração e outro trocando as chuteiras pela Câmara de
Vereadores. De uma final que quase não aconteceu por conta de uma confusão na
interpretação do regulamento. De um estadual que ficou ameaçado em virtude de
briga entre cartolas da Federação Bahiana de Futebol.
O sincretismo religioso também fez parte da trajetória do
Bahia em busca dos títulos na década de 1970. Das caminhadas à Colina Sagrada
por cada troféu conquistado às mandingas feitas por Lourinho, santos e orixás
foram personagens presentes na campanha do hepta. Os clássicos disputados na
Fonte Nova também envolveram guerras psicológicas, que tinham como coadjuvantes
vodus e até cães domésticos. Religião que também se misturava com as festas
regadas a trio elétrico e muita música baiana, que começavam no gramado da
velha Fonte e se estendiam madrugadas afora, para celebrar a consagração de
seus heróis.
Este livro se propõe a contar a história de um clube
vencedor e arrebatador de corações. O Esporte Clube Bahia de Luís Antônio,
Toninho, Sapatão, Roberto Rebouças, Romero, Baiaco, Fito, Douglas, Osni,
Beijoca, Jésum e grandes personagens como Buttice, Perivaldo, Ubaldo, Zé
Augusto, Altivo, Edmilson Pombinho, Merica, Dendê, Alberto Leguelé, Cristóvão, Natal,
Mickey, Ricardo Silva, Peri, Tirson, Jorge Campos, Picolé, Gilson Gênio e
muitos outros que passaram pelas mãos de Evaristo de Macedo, Zezé Moreira,
Paulo Amaral, Orlando Fantoni e Carlos Froner, começando no pior momento do
time na década, necessário para entender como um dos melhores times do futebol
baiano iniciou sua formação.
Enfim, uma obra que contempla um grupo que encantou a
Bahia de ponta a ponta, e exportou craques para outros grandes clubes do país, celebrando
uma década quase perfeita. Um feito que poucos conseguiram em campeonatos
estaduais e que fez com que o respeito e a admiração pelo Esporte Clube Bahia,
o Esquadrão de Aço, só aumentasse. Na bola e na arquibancada.
Prefácio
Por
Evaristo de Macedo
E minha história no Bahia começou na década de 1970, quando fui
convidado para treinar o time pela primeira vez. Ajudei a montar uma equipe
que, com o passar do tempo, tornou-se uma das mais vencedoras do futebol
baiano. Ter trabalhado com talentos como Douglas, Fito, Sapatão, Baiaco,
Elizeu, Buttice, Picolé, Peri e muitos outros me enche de orgulho. Foi nesta
década que conquistei meu primeiro título no clube e tive as portas abertas
para voltar outras vezes e ser muito bem acolhido por sua imensa torcida. É um período da minha carreira que dá gosto de recordar.
Imortalizar esta epopeia é uma ideia fantástica. Elton Serra traz em
sua obra histórias de personagens importantes para o futebol da Bahia, como o
seguro Sapatão, o incansável Baiaco, o sempre regular Fito e o extraordinário
Douglas, além dos mestres Zezé Moreira e Paulo Amaral, dentre outros
espetaculares jogadores e técnicos que passaram pelo Tricolor e também cravaram
seus nomes na lista dos grandes do Esporte Clube Bahia. Histórias que fizeram
com que o clube se tornasse um dos mais populares do Brasil.
Sobre o autor:
Elton Serra é baiano de Salvador. Comentarista e editor de
esportes na CBN. Pós-graduado em Jornalismo e com especialização em Radialismo,
também é bacharel em Administração e Gestão de Negócios. Foi repórter e
comentarista esportivo nas rádios Transamérica e Tudo FM, e diretor de redação
dos portais Futebol Baiano e Arena Nordeste. Nos últimos anos, tem se empenhado
em contar histórias do futebol da Bahia através dos livros.
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