2014, ano do centenário de mais um grande clube
brasileiro. Desta vez, o Palmeiras, ou Palestra, para os saudosos. E o “livro
oficial” do clube é assinado por um “time” de craques do jornalismo. O
multimídia Mauro Beting, palestrino de corpo e alma, coordenou a equipe formada
por Fabio Chiorino, Marcelo Mendez,
Leandro Beguoci e Gino Bardelli.
“Palmeiras –
100 anos de Academia”, da Editora Magma Cultural, é livro mais do que
importante para a literatura esportiva brasileira. É obrigatório, para
torcedores, jornalistas e amantes da boa leitura.
Apresentação
Amor de
Palmeiras para filhos
Por Mauro
Beting
Quem me fez
palmeirense foi bater uma bolinha divina com Waldemar Fiúme, Junqueira,
Julinho, Jair Rosa Pinto, Heitor e companhia ilimitada na semana da mudança de
A para B de um clube fora de série. Foi ali, na UTI, do baixo dos meus 46 anos,
que aprendi que nada é para sempre.
Ou melhor:
eterno é o amor incondicional que temos pelos pais que me fizeram Palmeiras,
logo gente. Tutti buona gente que se ama e se desentende
pelo nostro Palestra Italia centenário, pelo Palmeiras que, há
72 anos, nasceu campeão.
Meu pai, que
me deu tudo junto com minha mãe, deixou-nos pouco depois de o nosso time ter
caído. Mas não rebaixado. Nunca falei com ele a respeito da queda. Só sei que
todos os palmeirenses vivos ou eternos celebraram o novo acesso. Algumas vezes,
de raiva – que faz parte. Tantas vezes, acessos de riso, alegria, paixão. De
Palmeiras – que faz festa.
Não estaria
aqui se não fosse Palmeiras. Não seríamos todos nós se fossemos outra coisa,
outro credo, outras cores.
Não precisa
ser o time que mais venceu títulos nacionais no país que mais venceu títulos
mundiais. Não precisa. Preciso é o Palmeiras. Não somos mais. Não somos menos.
Somos Palmeiras. Basta!
Um livro de
100 anos de histórias e glórias não conta tudo. Nada precisa ser decantado para
quem não fica contando quantos canecos incontáveis na galeria de troféus,
quantas cabeças passaram pelas catracas dos campos, quantos corações pulsaram
pelo Alviverde inteiro.
O Palmeiras
é o amor de pai para filho. Passa para os netos com a categoria de Romeu.
Repassa para bisnetos que nem nasceram com a classe dos dois Djalmas de todos
os Dias. Amores que nascem incondicionais como nosso time. Crianças verdes de
esperança que já são palmeirenses impagáveis da linhagem dos Imparatos. DNA
verde. Herança genética e estética: na nossa casa, pode tudo porque só pode
Palmeiras.
O que
ganhamos nos gramados é o que vencemos na vida por ter como marca de nascença
um P no peito. Tanto quanto um passe de Ademir da Guia, o que nos ganha é um
toque do nosso hino imponente. Tanto quanto seguir o que ensina o Pai da Bola
Waldemar Fiúme é ser filho da mesma fé que nos faz acreditar e cornetar na
mesma frase, na mesma fase. Tanto quanto um carrinho de Junqueira é o carinho
do toque da nossa camisa em nossa pele. Tanto quanto uma espalmada do anjo
guardião Marcos são as mãos dadas com nosso filho na arquibancada do Palestra.
Tanto quanto uma penalidade máxima guardada por Evair é a alma molhada e lavada
na alegria máxima de um 12 de junho dos Namorados. Tanto quanto um drible de
Julinho é a finta e a ginga para ouvir pelo rádio o que nossos olhos não creem
pela TV. Tanto quanto perder a respiração e ganhar um jogo num lance de Luís Pereira
é ler o minuto a minuto de uma partida pela Internet e a cada segundo se saber
mais torcedor. Tanto quanto honrar e encharcar a camisa como Djalma
Santos é chegar e encher a nossa casa de espetáculos que não tem cabimento para
tanta paixão.
Gritar gol
do Palmeiras só é menos importante que apenas sussurrar "Palmeiras"
no ouvido da mulher amada de olhos e corações verdes. De ensinar Palmeiras aos
filhos que sorriem e se saciam só de ouvir a palavra. Mantra que cobre como
manto o lindo estádio de espírito que é sempre nosso pelo nosso canto – que faz
de todo gramado verde o nosso cantinho alviverde, o campinho de casa.
As novas
técnicas podem conservar tudo que se fez. Mas nada inventado desde 26 de agosto
de 1914 encerra tudo que abre a nossa alma com tamanha técnica catedrática em
campo, com grandes técnicos no banco com crédito. Tudo e muito mais que aqui
tentamos lembrar. Tudo que nosso clube fez. Tudo que nossa gente faz. Tudo que
a escola do Palmeiras que nos acolhe apresenta. A Academia que o mundo aprendeu
a respeitar. Palestra que nos ensina a amar. Sem condição. Só com Palmeiras.
Resumo da obra
Por Mauro Beting
Juntos
escrevemos. No final, canetei e assinei todo o texto. Imenso desafio por já ter
escrito outros livros do Palmeiras: O dia em que me tornei palmeirense (Panda, 2007); Os 10 Mais do Palmeiras
(Maquinária Editora, 2009); Memórias Futebolísticas de Mauro Beting –
Palmeiras: Futebol é com a Rádio Bandeirantes (Panda Books, 2012); Os 20
Jogos Eternos do Palmeiras (Maquinária Editora, 2013); Nunca
fui santo – O livro oficial de Marcos (Universo dos Livros, 2012, em
parceria com Marcos Reis) e Sociedade Esportiva Palmeiras: 1993. O fim
do jejum, o início da lenda (BB Editora, 2013, em parceria com Fernando
Galuppo e Evair Aparecido Paulino).
Escrever
algo diferente é outro enorme desafio. Por isso chamei mais gente para me
ajudar, até por estar, ao mesmo tempo, fora o trabalho normal no Fox Sports,
Rádio Bandeirantes, LANCE!, LANCENET! E Sporting Quiz, e mais palestras e
apresentação de eventos, também estar entrevistando Luiz Thunderbird para uma
autobiografia, estar preparando uma biografia do Osmar Santos, estar começando
a escrever a de Zico, finalizar meu primeiro documentário – 12 de
junho de 1993: O dia da paixão palmeirense, estar dirigindo uma série
de cinco programas dos 100 anos da Seleção Brasileira para
National Geographic e Fox Sports, e ainda ter assumido a curadoria do Museu da
CBF e de uma exposição no Museu do Pelé. Tudo isso ao mesmo tempo. Meus
companheiros me ajudaram demais. Mas tive de tentar dar uma identidade nos
textos para o livro que, de fato, tem apenas a minha assinatura.
Honra de ser
um dos cinco embaixadores do centenário, ao lado de Ademir da Guia, Dudu, Evair
e Marcos.
E, agora, o
privilégio de assinar o livro oficial de texto do centenário. O único.
Haverá outro
de fotos, muito bonito, da Toriba.
Outro muito
bom do Luciano Ubiraraja Nasser, mais temático, um grande almanaque.
E esse que
conta a nossa história. Sobretudo a do futebol palestrino. Como é um livro
oficial, não entro nas questões políticas mais profundamente. Em respeito aos
próprios personagens. E, principalmente, ao clube. Todos os presidentes são
citados. Os principais feitos também. Os problemas também são apresentados,
dentro e fora de campo. Mas com o máximo possível de isenção e com a
independência dada pela direção do clube.
E, claro,
ainda haverá polêmica. É do futebol. É do Palmeiras.
Falo também
de acertos e erros de arbitragem. Mas sem vestir a camisa.
Até por não
precisar ser palmeirense para tanto. O Palmeiras fala por ele próprio. Se fez
por elas próprias.
Faz a nossa
vida melhor há 100 anos.
Por isso a
enorme honra de assinar um trabalho para mim eterno como o Palmeiras.
Sobre os autores:
Mauro Beting.
Neto, filho, sobrinho, primo, e irmão de jornalistas, está na imprensa por
esporte desde 1990. Fez curso de arbitragem para aprender a ser xingado, fez
curso de treinador para aprender a ser chamado de burro, e tenta não ser
clubista, bairrista e achista no meio mais passional, parcial e subjetivo que
existe. Comenta futebol nos Canais Fox Sports, Rádio Bandeirantes,
Yahoo!-Esporte Interativo e no PES 2015; apresenta futebol no Fox Sports;
escreve futebol duas vezes por semana no LANCE!. Escreveu 14 livros. Dirige e
roteiriza documentários futebolísticos para TV e cinema. Curador do Museu da
CBF. Vale acessar também: http://www.literaturanaarquibancada.com/2011/10/o-multimidia-mauro-beting.html
Marcelo Mendez é uma espécie de Hunter Thompson de Puma suede a vagar de óculos escuros pelo ABC paulista. Jornalista, roqueiro, cronista do jornal ABCD Maior, Terra Magazine e outros blues.
Leandro Beguoci é editor-chefe da F451 (empresa que publica o Gizmodo e a Trivela). É ainda professor da pós-graduação em comunicação multimídia da FAAP, professor da Escola São Paulo, colunista da revista VIP, editor da revista digital Oene e membro da OrbitaLAB (um laboratório de inovação em jornalismo e comunicação). Trabalhou na Folha de S.Paulo, Veja e criou o departamento de internet do grupo FOX no Brasil.
Gino Bardelli
trabalha na Rádio Sul América Trânsito. Trabalhou na Rádio Estadão ESPN. É
formado pela UMESP – Universidade Metodista de São Paulo.
Aviso: Sou Flamenguista.
ResponderExcluirMas, gosto do Palestra.. rsrs
Beijão.
Pessoal me ajudem quero muito comprar esse livro p dar de presente p meu avo ,mas nao to encontrando em nenhum site.
ResponderExcluirNo mercado Livre ou na OLX deve ter
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