Um livro para encantar os torcedores do Internacional de
Porto Alegre. Inter
hoje e sempre – A história colorada em cada dia do ano (Editora Dublinense) tem um formato curioso e
interessante, com destaque às conquistas mais importantes da história colorada
em cada dia do ano. Grandes craques do Inter como Figueiroa, Iarley, Célio
Silva, Fernandão, Valdomiro, Larry, Taffarel e muitos outros, relembram o
passado de glórias da tradicional equipe gaúcha.
A bela edição de Inter hoje e sempre, dos autores
Douglas Ceconello e Daniel Cassol , tem ilustrações do craque Rogê Pedro
Antonio. Este é o segundo volume da Coleção Impedimento, da Editora Dublinense.
O primeiro foi dedicado ao rival colorado. Para adquirir a obra, acessar: http://www.dublinense.com.br/livros/inter-hoje-e-sempre/.
Vale ainda a visita ao blog da dupla de autores: http://impedimento.org/.
Julho
Um
testaço e o milésimo gol e Gre-Nal
A partida transcorria morna, acirrada e sem grandes
chances de gol, o que, segundo estudos empíricos, acontece em 98% dos clássicos
– para gremistas e colorados, não existir jogo é justamente parte do charme do
Gre-Nal. Para um mero espectador que torça para outro time, pode ser um tédio
interminável, mas, para os gaúchos, um arremesso lateral para o rival parece
uma prévia do apocalipse. Estando aquele clássico modorrento ou trepidante,
fato é que a cabeçada do zagueiro colorado Vinícius para as redes incendiou o
jogo, pois, a partir daquele momento, quem comparecesse às redes entraria para
a história como autor do milésimo gol em clássicos.
É neste ponto que as entidades que desde 1909
determinam a história do clássico começaram a mexer seus pauzinhos.
Quando voltou a pisar na grama, uns vinte e oito
segundos depois de pular, Fernandão imediatamente se ajoelhou, colocou as mãos
no rosto e agradeceu – pela sorte, destino, alegria extrema de iniciar sua
trajetória no Inter marcando gol em clássico. Mas não pelo Gol 1000.
Não poderia haver uma estreia mais sintomática para
o jogador que marcaria sua história não apenas com frequentes e importantes
gols em clássicos, mas conduzindo o Inter às maiores conquistas de sua
história. Muitos são os jogadores que brilham em apenas um Gre-Nal, que marcam
gols decisivos que muitas vezes lhe garantem anos de reconhecimento e
manutenção da carreira. Com Fernandão, foi diferente: aquele testaço violento,
o primeiro de tantos com a camisa vermelha, que lhe rendeu até placa no
vestiário e uma série limitada de camisas comemorativas, era apenas uma das
tantas passagens inesquecíveis que o maior levantador de taças da história
colorada viveria no Beira-Rio.
1
de Julho
1945
Futebol
em pleno voo
Na inauguração das arquibancadas do Estádio da
Gávea, Flamengo e Inter empataram em 2 a 2, no Rio de Janeiro. O fato mais
curioso ocorreu antes e depois da partida: a viagem de ida e de volta foi feita
em um avião de uma empresa importadora de automóveis. Como só havia assentos
laterais, os jogadores passaram o tempo jogando bola durante o voo.
Aconteceu
também:
1976
1974
O Internacional definiu a contratação do goleiro
Manga, que estava no Nacional de Montevidéu e já defendera o Botafogo e a
Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966.
2 de Julho
1997
Arrancada
de Fabiano para o título
Com uma arrancada fenomenal no começo do segundo
tempo, o ponta-direita Fabiano marcou o único gol do Gre-Nal que garantiu o título
gaúcho à equipe colorada treinada por Celso Roth. Cerca de 40 mil colorados
compareceram ao Beira-Rio para comemorar na fria noite de inverno. Ainda na
emoção do jogo, questionado pelos repórteres a quem dedicava o gol, Fabiano disse,
ofegante: “Este gol é... Este gol é... Este gol é pra todo mundo!”.
1969
Garrincha
no Beira-Rio
O amistoso entre Inter e Novo Hamburgo, no Beira-Rio,
teve um traço inusitado: Garrincha no ataque do time anilado. Sem clube e com
problemas de lesão, Mané viajou a Porto Alegre para acompanhar a namorada Elza
Soares em um show. Acabou atuando pelo Novo Hamburgo, que perdeu por 3 a 1 para
o Inter, com gols de Sérgio, Tovar e Chiquinho.
Aconteceu
também:
1930
Em Porto Alegre, nasceu Odorico Araújo Goulart,
meio-campista que integrou o time do Rolinho, sendo cinco vezes campeão gaúcho
e participando da conquista do Pan-Americano de 1956 pela Seleção Brasileira.
3 de Julho
2003
Campeão
Gaúcho pela 35ª vez
Jogando no Beira-Rio, o Inter conquistou seu 35° Gauchão
ao vencer o 15 de Novembro, de Campo Bom, por 1 a 0. O gol do título foi marcado
por Flávio, aos 32 minutos do segundo tempo. Em dez partidas, o Inter do
técnico Muricy Ramalho obteve sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota.
4 de Julho
1985
Nasce
Rentería
1976
Estreia
de Dadá quita passe
Um grande público assistiu, no Beira-Rio, à estreia
de Dadá Maravilha com a camiseta do Internacional. E o centroavante não
decepcionou, marcando um dos gols da vitória sobre o Esportivo por 3 a 0, em
jogo do Campeonato Gaúcho. Com os 715 mil cruzeiros da renda, um recorde contra
times do interior, o Inter quitou a dívida ao Sport Recife pela contratação de
Dadá, que custou no total 2,35 milhões de cruzeiros.
Aconteceu
também:
2010
Na parada para a Copa do Mundo da África do Sul, o
Inter jogou amistoso contra o Peñarol em Rivera, na fronteira entre Brasil e
Uruguai. Após 0 a 0 no tempo normal, vitória colorada nos pênaltis por 2 a 1 e
conquista da Taça Fronteira da Paz.
5 de Julho
1935
Nasce
Ibsen Pinheiro
Em São Borja, nasceu Ibsen Valls Pinheiro,
jornalista, advogado, político e dirigente do Internacional. Ele foi um dos
integrante do grupo dos “mandarins” que mudaram a filosofia do Inter na virada
das décadas de 60 e 70. Em 2013, foi eleito presidente do Conselho Deliberativo
do clube.
Aconteceu
também:
1947
O Nacional de Porto Alegre impôs dificuldades ao
Inter nos Eucaliptos, mas, no final, os diabos rubros venceram a partida,
válida pelo Citadino, por 4 a 2.
6 de Julho
1997
Estreia
com triplete de Christian
Aconteceu
também:
2012
O Inter anunciou a contratação do uruguaio Diego
Forlán, 33 anos, jogador da Inter de Milão, eleito o craque da Copa do Mundo da
África do Sul, realizada dois anos antes.
7 de Julho
1963
Lançada
a pedra fundamental do Beira-Rio
Foi lançada a pedra fundamental das obras do Estádio
Beira-Rio, com uma missa conduzida pelo bispo de Porto Alegre, Dom Edmundo
Kuntz, e a participação da Banda Marcial Dorense, do Colégio N. Sra. das Dores.
“Aqui, todos serão iguais, sem diferenças ideológicas, políticas, religiosas e
sociais, todos serão irmãos”, declarou, na ocasião, Dom Edmundo, que também era
conselheiro do Inter. As primeiras estacas na área do futuro Beira-Rio haviam
sido cravadas em 1959, e o Gigante ficaria pronto em 1969, com a participação
decisiva dos torcedores colorados na construção, através da doação de tijolos e
cimento para a obra.
1944
Estatuto
abre o clube para negros
O novo estatuto do clube determinou a criação de um
fundo especial para a manutenção e melhorias no Estádio dos Eucaliptos e
decidiu abrir o clube para sócios negros.
Sobre os autores:
Douglas Ceconello é jornalista
formado pela UFRGS. Desde 2003, participa desse delírio coletivo chamado
Impedimento. No início dos anos 80, resistiu bravamente às manobras traiçoeiras
de gremistas próximos e forjou seu coloradismo naquela época de inferno
vermelho. Nunca teve medo de bicho-papão, mas ainda sente calafrios quando
mencionam Jorge Veras. A primeira partida que assistiu no Beira- Rio foi um 3 a
0 no Bahia, em 1988, uma vitória que aconteceu no momento errado. Tornou-se
extremamente perturbado e impertinente na semana que antecedeu a final da
Libertadores de 2006, mas ainda sente sincera dúvida entre escolher o Mundial
de Clubes ou o Gre-Nal do Século.
Daniel Cassol é jornalista formado
pela UFRGS em 2003 e um dos responsáveis pelo site Impedimento. Se perguntado,
dirá que sua primeira memória detalhada de um jogo do Internacional data de 12
de fevereiro de 1989, no Gre-Nal do Século. Em 21 de abril de 1991, foi ao
Beira-Rio pela primeira vez, no empate contra o Atlético Mineiro por 2 a 2.
Antes desse jogo, seu pai o alertou para o risco do Inter perder. Era o que
costumava acontecer naqueles tempos. Amadureceu o coloradismo na penúria dos
anos 90 e passou a ver o futebol de uma forma diferente a partir da noite de 16
de agosto de 2006.
Huuuhuu
ResponderExcluirRenteria joga muito!
Excelente post. Já está marcado nos meus favoritos, irei recomendar para a redação do
ResponderExcluirjornal para uma pauta, gostei muito bom.
Fernanda Araujo - Swing
Analista de programação swing para Site de Swing no jornal do povo