É com orgulho que o Literatura na Arquibancada apresenta,
a partir de hoje, um espaço nobre dentro do seu conteúdo. “Deixa Falar: o megafone
do esporte” surgiu da cabeça de um mestre, o historiador e apaixonado pelo
esporte (especialmente quando o tema for o seu querido Botafogo), Raul Milliet
Filho. Sentimo-nos honrados em participar e dividir com tantos craques seus
conhecimentos e reflexões sobre diversos temas do esporte brasileiro e mundial.
Todos, “convocados” por Milliet Filho. Um time de primeiríssima linha, uma autêntica
seleção.
Raul Milliet Filho já esteve por aqui, compartilhando
conosco um artigo sobre um dos maiores historiadores do século XX, Eric Hobsbawm,
e que é um dos recordistas de visualizações no Literatura na Arquibancada (http://www.literaturanaarquibancada.com/2012/10/eric-hobsbawm-e-o-futebol.html.)
Por esse exemplo, podemos (nós do LA e você, amigo leitor) imaginar o que
teremos pela frente com o “Deixa Falar: o megafone do esporte”.
É por isso que agradecemos a ele, Raul Milliet Filho, a
chance de fazer parte desta verdadeira “rede” de conhecimento.
Deixa Falar: o megafone
do esporte
Por Raul Milliet
Filho.
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Arte: Zuca Sardan |
Deixa Falar: o megafone do esporte é
um espaço que estará aqui no Literatura na Arquibancada , no blog
do Juca (http://blogdojuca.uol.com.br/
) e na Carta Maior (http://www.cartamaior.com.br
) quinzenalmente, sábado sim,
sábado não, debatendo o esporte em geral e o futebol em particular, dialogando
com a História, Política, Música, Economia, Literatura, Cinema, Teatro, Humor
etc.
Deixa Falar através de artigos sobre
temas variados, desde pensadores como Hobsbawm, Norbert Elias, Pierre Bourdieu
e Gilberto Freyre até literatos como José Lins do Rego, Lima Barreto, João
Cabral de Melo Neto e Eduardo Galeano.
Assuntos como política de esportes, megaeventos (Copa de
2014 e Olimpíadas de 2016), eleições em confederações e clubes não ficarão de
fora, assim como a violência nos estádios.
Crônicas ou contos sobre peladas de rua, futebol de
botão, hinos dos clubes, máximas e expressões do futebol, Canal 100, manias e
superstições de torcedores, samba e futebol, tudo faz parte da voz rouca do Megafone.
Cenários e personagens da história do esporte brasileiro
são condimentos necessários ao almejado bom
tempero.
Leônidas da Silva, Zizinho, Gerson, Kanela, Maria Lenk,
Nelson Rodrigues, João Saldanha e Tostão, dentre outros, são personagens obrigatórios e cativos.
O Megafone do esporte não tem medo
de bola dividida e não vai tirar o pé diante de fatos cotidianos polêmicos,
como a privatização do Maracanã e os mandatos quase vitalícios de cartolas em
seus cargos.
Mas tudo sempre pautado pelo bom humor e aberto ao contraditório,
pois Megafone
que se preze não é dono da verdade: Deixa Falar.
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Deixa Falar: a primeira escola de samba. |
Deixa Falar é uma homenagem à
primeira escola de samba, que em seu primeiro desfile (1928) saiu de vermelho e
branco em deferência ao América, time da maioria dos bambas do bairro do
Estácio no Rio de Janeiro.
Uma referência é necessária: a idéia deste espaço de
debate vem de longe, de 1975/1976, quando o Núcleo de Estudos e Projetos
Esporte e Cidadania desenvolveu na base do mimeógrafo a álcool e do megafone
(literalmente) debates e projetos de democratização esportiva em bairros
populares.
O time do Deixa Falar: o megafone do esporte
tem treze participantes. O grupo é plural, com opiniões diferentes nos assuntos, nas ideias e também nas idades de
seus componentes, que variam dos 30 aos 80 anos.
Será fácil e lúdico editar e colaborar com esta página. Formamos
um time amador, escrevendo por amor às camisas e às paixões e razões que nos
unem.
Por fim, esta ideia não seria possível sem o apoio do
Juca Kfouri (blog do Juca), companheiro de lutas de longa data, do Marco
Weissheimer (Carta Maior) e do André Ribeiro (Literatura na Arquibancada).
Na primeira edição deste espaço (sábado, dia 15/12), um
tributo a Togo Renan Soares, Kanela, o maior técnico da história do basquete
brasileiro, nos 20 anos de seu falecimento.
Os integrantes do Deixa Falar: o megafone do esporte.
Ademir Gebara
– graduado em História e Educação Física, mestre em História pela USP, PH D em
História pela London School of Economics
and Political Science., ex-diretor e coordenador de Pós da FEF Unicamp, professor
visitante Universidade Federal da Grande Dourados.
Antonio Edmilson
Rodrigues – é América, livre docente em História, professor da PUC-RJ,
pesquisador de História do Rio de Janeiro, escritor de temas vinculados à história
urbana, coordenador do projeto Conversa de Botequim e autor de João do Rio, a cidade e o poeta.
Bernardo Buarque
– professor da Escola Superior de Ciências Sociais (FGV) e pesquisador do
CPDOC/FGV. `É editor da coleção Visão de Campo (7 Letras). Em 2012, publicou o
livro ABC de José Lins do Rego
(Editora José Olympio).
Flavio Carneiro
– é botafoguense, além de escritor, roteirista e professor de literatura
na UERJ. www.flaviocarneiro.com.br.
José Paulo Pessoa
– é botafoguense, ator, advogado, que achava o Didi mais impressionante que o Garrincha
(que foi o maior que já vi!). Diretor, cantor e compositor do Bloco das
Carmelitas, de Santa Teresa (RJ).
José
Sebastião Witter – é torcedor do São Paulo, professor emérito da USP e professor normalista.
Luiz Carlos Ribeiro,
professor de História da Universidade Federal do Paraná e coordenador do
Núcleo de Estudos Futebol e Sociedade.
Marcelo W. Proni
– economista, doutor em Educação Física pela Unicamp, professor do Instituto de
Economia da Unicamp, torcedor do Botafogo de Ribeirão Preto.
Marcos Alvito –
é carioca de Botafogo e Flamengo até morrer. É um antropólogo que dá aula
de História na UFF desde o longínquo ano de 1984. Perna-de-pau
consagrado, estuda um jogo que nunca conseguiu jogar direito: o futebol. Mas
encara qualquer um no futebol de botão.
Raul Milliet Filho
– é botafoguense, mestre em História Política pela UERJ, doutor em História
Social pela USP. Como professor, pesquisador e autor prioriza a cultura
popular. Gestor de políticas sociais, idealizou e coordenou o Recriança,
projeto de democratização esportiva para crianças e jovens.
Ricardo Oliveira
– é Vasco, jornalista, educador da prefeitura do Rio de Janeiro e pesquisador
da História do futebol. Coordenador da pesquisa do livro Vida que Segue: João Saldanha e as Copas de
1966 e 1970.
Wanderley Marchi
Jr – doutor em Educação Física e
Sociologia do Esporte e professor da Universidade Federal do Paraná/BRA e da
West Virginia University/USA.
Zuca Sardan
(Carlos Felipe Saldanha) – Nasceu no Rio de Janeiro em 1933, mas vive em
Hamburgo. Estudou arquitetura, mas fez diplomacia. Estudou desenho, mas fez
letras. Hoje dedica-se a desenhos, vinhetas, poesias e folhetins. Entre seus
livros, estão: Ás
de colete, poesias, desenhos
e Osso do Coração.
Se Literatura na Arquibancada já estava sensacional, agora então!...
ResponderExcluirAndar por aqui, é bem quentinho.
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