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Crédito: AFP |
O jogo de futebol, quer dizer,
a batalha campal, entre os torcedores (sic) do Al Ahli, do Cairo, e Al Masri,
de Port Said, no Egito, terminou em uma das maiores tragédias da história do
futebol mundial. Não há ainda números oficiais, mas até as 19hs de Brasília, o Ministério
egípcio da Saúde confirmava o número de 73 mortos.
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Crédito: Reuters |
Não importa aqui, neste espaço
de reflexão sobre a literatura esportiva, nem mesmo o placar do jogo. Mas como
ensinamento (e reflexão também), tragédias como essa talvez justifiquem o
descaso que um dos maiores escritores de todos os tempos tinha pelo futebol.
Recentemente, aqui mesmo no
Literatura na Arquibancada, o historiador Ademir Luiz escreveu sobre Jorge Luis
Borges: “Ele abominava o futebol. Achava-o antiestético e tolo. Uma bobagem
inglesa. Considerou a Copa do Mundo de 1978, sediada em sua Argentina natal, ‘uma
calamidade’. Em uma entrevista concedida no ano seguinte, declarou que “o
futebol é fundamentalmente ignóbil e agressivo, desagradável e
comercial”.
Mas em um momento trágico como
esse vivido no Egito, resta ainda uma declaração definitiva de Borges sobre o
futebol:
“Todos falam de futebol e poucos o entendem de forma
correta, então fazem de um triunfo ou de uma derrota uma questão de vida ou
morte.”
Sensacional. Obrigado.
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