Está no “prelo”, um livro
diferente para os amantes da Literatura Esportiva Brasileira. E quem vai adorar
são os jovens do ensino médio (público alvo da obra), pois aprender Física não
e nada fácil...Pelo título, o leitor pode se assustar, mas a obra escrita por
Marcos Duarte e Emico Okuno, “Física do Futebol” (Oficina de Textos, 2012), tem
leitura fácil e agradável, além de um projeto gráfico belíssimo, com muitas
ilustrações que complementam especialmente as informações técnicas. As
apresentações são assinadas por duas feras: Marcelo Gleiser e Tostão.
Sinopse:
Futebol e Física são
inseparáveis. Futebol é movimento, mas não um movimento qualquer, desordenado,
sem leis.
Cada jogador é um criador num cenário com leis predeterminadas. Cada
ação do jogador tem sua intenção, que é, em parte, moldada pelas leis (regras)
do futebol e pelas leis da natureza.
Mas assim como é impossível
prever o quadro de um pintor a partir de sua aquarela, a ação de um jogador é,
em princípio, também impossível de prever, mesmo com o conhecimento de todas as
leis da natureza. Muitos dizem que é isso o que torna o futebol tão
apaixonante, e que talvez o futebol brasileiro seja o que mais se aproxima
dessa criatividade em campo. Obviamente este livro não tem a mínima intenção de
arranhar esse encanto, mesmo porque seria uma tarefa em vão.
Entender a Física do futebol
provavelmente não vai fazer ninguém jogar melhor, mas com certeza vai ajudar a
compreender um pouco mais esse jogo fascinante.
E para quem quer compreender as
leis do movimento, estudar a Física do futebol é a maneira mais descontraída de
fazê-lo. Este é o objetivo desta obra: mostrar para os boleiros e curiosos da
Física, a Física que há no futebol.
O livro não só ensina Física,
mas também as próprias regras do futebol e tudo o que nele acontece relacionado
à Mecânica. Os conceitos de Mecânica são descritos de forma a cobrir todo o
conteúdo normalmente abrangido no currículo de Física do primeiro ano do ensino
médio.
A presente obra foi escrita de
maneira a descrever em mais detalhes o porquê de certas coisas na Mecânica.
Fórmulas matemáticas são utilizadas, mas sempre procuramos mostrar a motivação
que existe por detrás delas. Acreditamos que o livro possa ser utilizado de
maneira quase autodidata, pela forma como foi desenvolvido.
Fonte:
Para degustar trechos da obra, acessar:
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Bola Copa 1958 - Suécia |
Há ainda varias curiosidades
para os leitores de “Física do Futebol”, como por exemplo a história das bolas
usadas em Copas do Mundo.
“Em 1999 foi encontrada
a bola de futebol mais antiga; provavelmente com 450 anos. Ela estava escondida
entre as vigas em cima da cama de Mary Stuart, Rainha dos Escoceses, no Castelo
de Stirling, na Escócia. A bola era feita de bexigas de porco com um
revestimento de couro. Antigamente as bolas de futebol eram feitas de bexigas
de boi ou de porco.
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Bola Copa 1938 - França |
As bexigas eram
revestidas de couro, que absorve água, e nos dias de chuva a massa da bola
podia duplicar por causa não apenas da água, mas da lama que grudava nela.
A
partir de 1960, essas bexigas de animais foram substituídas por bexigas de
borracha. Hoje em dia, quase toda bola de futebol é feita de material
sintético.
As bolas têm várias camadas de material que são revestidas com uma
cobertura à prova d’água. As camadas são cortadas em gomos de diversas formas,
normalmente retângulos, pentágonos ou hexágonos, que são unidos por costura
para formar a bola.
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Bola Copa 1950 - Brasil |
A Jabulani, bola usada
na Copa de 2010 na África do Sul, foi confeccionada totalmente a máquina.
Entretanto, no mundo todo, as bolas de futebol ainda são feitas manualmente,
costuradas por mãos habilidosas.
A forma e a quantidade de gomos de uma bola de
futebol têm variado com o passar do tempo, na tentativa de se conseguir uma
bola cada vez mais perfeita, esférica, indeformável etc.
A bola utilizada na
primeira Copa, em 1930, no Uruguai, era de couro e tinha 12 gomos, cada um de
forma retangular. No final dessa Copa, no jogo entre Uruguai e Argentina, por
causa da falta de acordo, foi utilizada uma bola diferente para cada tempo do
jogo: no primeiro tempo foi a bola escolhida pela Argentina (2x1) e no segundo,
a bola escolhida pelo Uruguai (4x2)...”
Sobre os autores:
Emico Okuno é
doutora em Física pela Universidade de São Paulo (USP). Cursou pós-doutorado na
Universidade de Parma (Itália). Foi professora do Instituto de Física da USP de
1960 a 2006. É autora de Física para
as Ciências Biológicas; Radiação:
efeitos, riscos e benefícios; Desvendando
a Física do corpo humano: biomecânica; Radiação ultravioleta: características e efeitos; e Física das radiações.
Marcos Duarte é
doutor em Física pela Universidade de São Paulo (USP). Cursou pós-doutorado na
Universidade da Pennsylvania (USA). É pesquisador e professor no programa de
Engenharia Biomédica na Universidade Federal do ABC.
Depois de ver o Marcos Duarte no Globo Esporte fui buscar mais sobre este livro e acabei conhecendo uma iniciativa muito bacana.
ResponderExcluirParabéns!
Idem Geisa!
ResponderExcluirA minha história é a mesma da Geisa, vi o Marcos Duarte no Esporte Espetacular e procurei sobre o livro dele, afinal, gosto de física e futebol, e um livro com os dois assuntos me agrada kkkk. Gostei do blog, estão de parabéns, eu tenho um blog tbm, sobre futebol, mas com humor, deem uma olhada depois, valeu. :)
ResponderExcluirhttp://faltaportras.blogspot.com/
Abraços.