Hoje também é
aniversário de um craque da música brasileira. Tom Jobim completaria 85 anos e,
apesar dele não ser ligado em futebol, deixou alguns rastros em sua fantástica
carreira musical de que também não era um “zero a esquerda”. Torcedor declarado
do Fluminense, Tom não costumava falar sobre o tema em suas entrevistas para
jornalistas do mundo inteiro.
Certa vez,
deixou escapar que “o brasileiro admirava mais um Garrincha que Pelé, por
exemplo, justamente pela nossa predileção pelo sofrimento, por ver a condição
paupérrima em que Garrincha terminou a vida”.
Segundo Tom, “Pelé
era menos amado, ou quem sabe, menos do que deveria ter sido”.( http://www.allejo.com.br/allejo-songs-o-aniversario-de-tom-jobim/)
Mas havia um
amigaço e parceiro de Tom que entendia (e ainda entende) de futebol e que acabou
deixando para os amantes da literatura uma informação preciosa. Tom era amante
da literatura, segundo o depoimento do também tricolor, Chico Buarque:
“O Tom era muito ligado em letra, em literatura. Ele
dizia: - Sou um literato... "I hate music !"
Ele gostava de dizer isso. Era difícil falar de música com o Tom... eu falava de todos os assuntos, menos de música.
Eu nunca consegui falar sobre música com o Tom por mais de dez minutos.
Nunca vi ele falando de acordes, por exemplo, e também não falava de política.
ele detestava política... E adorava literatura - ele era capaz de recitar trechos inteiros de Guimarães Rosa, poemas de Drummond, T. S. Eliot, "Terra desolada", textos inteiros que ele sabia de cor. Então, ele tinha muita ligação com a parte literária das canções".
Ele gostava de dizer isso. Era difícil falar de música com o Tom... eu falava de todos os assuntos, menos de música.
Eu nunca consegui falar sobre música com o Tom por mais de dez minutos.
Nunca vi ele falando de acordes, por exemplo, e também não falava de política.
ele detestava política... E adorava literatura - ele era capaz de recitar trechos inteiros de Guimarães Rosa, poemas de Drummond, T. S. Eliot, "Terra desolada", textos inteiros que ele sabia de cor. Então, ele tinha muita ligação com a parte literária das canções".
Talvez ou certamente por essa razão de saber colocar nas
entrelinhas o que queria dizer, Tom deixou para os amantes do futebol pelo
menos uma única referência sobre o futebol. Em uma de suas maravilhosas letras,
“Falando de Amor”, Tom dimensiona o sentimento em relação à mulher amada, em
certo momento comparando-o a paixão número um do povo brasileiro: o futebol.
Uma obra-prima
de Tom...que não poderia deixar de ser ouvida e vista, na interpretação dele com Chico
Buarque.
E para lembrar
aos fãs de Tom Jobim, vale recordar que ele fez parte, recentemente, do evento mais importante da Copa do Mundo (o chamado Preliminary Draw). Foi o dia em que olhos do mundo inteiro estavam voltados para o Brasil para acompanhar o sorteio das chaves das eliminatórias do Mundial que será realizado por aqui. Mais de 200 países receberam imagens do evento ocorrido na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. A cerimônia foi conduzida por jogadores de diferentes gerações do futebol brasileiro como Neymar, Cafú, Zico, Lucas, Zagallo, Bebeto e outros.
A programação artística incluiu homenagem a Tom Jobim com a apresentação em grande estilo de "The Girl from Ipanema" (Garota de Ipanema), célebre sucesso de Tom e Vinicius de Moraes, cantada em inglês e português.
Excelente matéria!
ResponderExcluirValeu Tiné. Abraços do André Ribeiro.
ResponderExcluirAndré, no final do texto não ficou claro que o sorteio das preliminares da Copa já aconteceu em 2011, lá mesmo na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.
ResponderExcluirCertíssimo. Na verdade, esqueci de dizer isso no parágrafo que antecede o artigo. Valeu pelo toque.
ResponderExcluirabs
Devidamente alterado. abs e obrigado pelo toque.
ResponderExcluir