A paixão por um clube de futebol não se explica. O bancário
Athos Ronaldo Miralha da Cunha, gaúcho de Santa Maria, no Rio Grande do Sul é,
semelhante a Luis Fernando Veríssimo, apaixonado pelo clube de coração, o
Internacional.
Depois de lançar em 2009, o livro de crônicas “O
gol iluminado” (Editora Manuzio, 2009), ele e seus amigos colorados estão de
volta com o livro “Bem vindos ao inferno – Histórias de amor pelo Internacional”. Athos é um cronista de mão cheia.
Para conhecer melhor sua
obra, vale a pena acessar seu blog http://quemallhepergunte.blogspot.com/
Como a literatura é divina, infernal e bonita!
Nossos pensamentos vagueiam em contradições, numa dialética bicolor. A
literatura é grandiosa, vasta e infinita. E, hoje, cada vez mais instantânea e
virtual.
Esse livro de crônicas – cujo título homenageia a
Galera no Beira-Rio , “Bem-vindos ao inferno” – tem o intuito de transformar
nossa paixão pelo Internacional em uma leitura prazerosa.
Os deuses fazem literatura. Essa é a premissa. Os
deuses... e os diabos. O céu e o inferno.
Os que escrevem a verdade. Escrevem certa verdade,
sendo deuses ou diabos. Estando no céu ou no inferno. São os paradigmas de quem
tem o vermelho da paixão. Assim, como os deuses escrevem? Certo e com a razão,
talvez até escrevam em azul. Os diabos escrevem errado e com a emoção, talvez
escrevam em vermelho.
A literatura tem os temperos do céu e do inferno.
Os deuses temperam com ervas aromáticas e os diabos, com pimentão. O vermelho é
“caliente”, é latino-americano. O azul é polar, é Antártida. O vermelho e o
azul, essa é a bipolarização. Seu coração é livre para escolher. Mas, como
resolver essa contradição, se meu coração é vermelho e a liberdade é azul?
O paraíso é azul e o inferno é vermelho? Por que é
sempre assim? Quem inventou essa convenção?
Graças à literatura, nós vamos ao céu na companhia
dos anjos, vamos ao inferno com os demônios. Retrucamos marmanjos que escrevem
pandemônios. Vamos à praça, ao rio e ao mercado. À floresta, às profundezas dos
oceanos e ao topo do mundo. A literatura nos leva aos confins do universo.
Inclusive, por conta da literatura, somos “Bem-vindos ao inferno”.
Escrevemos, todos, deuses ou diabos, e queremos
exprimir nossas opiniões, anseios monocromáticos e ideias vãs.
Escrevemos um texto, convictos de que são os deuses
que escrevem. Mas o que é a convicção senão a maior inimiga da verdade? Já
dizia Nietzsche. Então, contestamos... porque o vermelho é que nos emociona.
Somos deuses ou diabos quando exaltamos nossa paixão colorada. Não nos importa
se o vermelho é a cor do inferno, pois são os homens que denominam o que é deus
e o que é diabo. A cor do céu e a cor do inferno. Então, simplesmente,
escrevemos. E optamos pelo lugar onde queremos ser acolhidos.
Nesse “Bem-vindos ao inferno”, não desejamos o fogo
ou as trevas para os leitores, apenas externamos nossa exacerbada paixão pelo
clube do povo do sul do Brasil.
Sejam “Bem-vindos ao inferno!”.
Mais sobre o autor:
Athos Ronaldo Miralha da Cunha é casado, pai de dois filhos e tem como hobby a escrita: crônicas, poesias,
histórias. Tudo é transformado em literatura na sua Santa Tecla, codinome que
inventou para brincar de escritor.
Participou de vários concursos literários em
seu estado e ganhou menção honrosa no Concurso de Crônicas da Universidade
Federal de Santa Maria e Destaque Literário da Alpas XXI (Associação Literária
a Palavra do Século XXI).
Concorreu duas vezes aos prêmios Caixa de Histórias e
Banco de Talentos, com crônica e poesia.
Caros amigos.
ResponderExcluirComo um dos autores do livro “Bem-vindos ao inferno. Histórias de amor pelo Internacional”, gostaria de agradecer esse apoio, bem como, deixar o convite para o lançamento no dia 17 de dezembro.
Abraços fraternos porque a fraternidade é vermelha.
Athos