Sinopse:
Paulo Mendes Campos era devoto do futebol. Nem de longe foi cronista esportivo assíduo como o tricolor Nelson Rodrigues ou o flamenguista José Lins do Rego. Mas incluía-se entre os adoradores da bola que não apenas se embevecia com a suprema arte os craques. Falava com experiência própria de esforçado peladeiro. No quintal de um edifício em Ipanema suava em rachas em que “um flamboiã jogava de beque central dum lado, uma palmeirinha do outro”. Em parte corria atrás de um “restinho de infância” (“A infância é apenas isto: a sensação de que viver é de graça”, definiu com perfeição). É só uma meia verdade. “A verdade integral é a bola. O futebol paixão. Esse amor que faz um homem de quarenta e tantos anos sofrear o sono da fadiga para rememorar em câmara lenta o gol de cobertura que fez pela manhã”. É pena que Paulo Mendes Campos não tenha escrito mais sobre futebol. Ajudaria a liberar o divino esporte bretão das mordaças de tantos clichês.
Fonte:
http://www.record.com.br/livro_sinopse.asp?id_livro=21832
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