Desde que começou a trabalhar na Editora
Abril, no início dos anos 1970, onde dirigiu durante 17 anos a Revista Placar e
outros quatro a Playboy, Juca Kfouri passou por diversos jornais e tevês:
Globo, Record, Cultura, SBT, CNT, Rede TV, ESPN Brasil, Rádio CBN, Folha de
S.Paulo, O Globo, Lance...
Também é autor de alguns livros, entre eles: A Emoção Corinthians (1982); Corinthians, Paixão e Glória (1996, com relançamento em 2002); Meninos,
Eu Vi… (2003); O Passe e o Gol (2005); Por que não desisto -
Futebol, Poder e Política (2009).
Virou blogueiro, http://blogdojuca.uol.com.br/, onde atinge
um público gigantesco: três milhões de visitantes únicos mensais;
quase cinco milhões de visualizações de página.
Literatura na
Arquibancada bate um papo/bola rapidinho com Juca, mas rapidinho mesmo porque
ele tem que escrever, ir para a rádio ou para a TV e ainda brincar com as netas...
Literatura na Arquibancada:
Quando e por que começou a escrever
sobre futebol?
Juca Kfouri:
Em 1970, quando fui
trabalhar na Editora Abril, no Dedoc, para atender a revista Placar, que
nascia.
L.A:
Como analisa a crônica esportiva atual? O que a diferencia daquela dos tempos em que começou na profissão?
Como analisa a crônica esportiva atual? O que a diferencia daquela dos tempos em que começou na profissão?
J.K:
Acho que cronistas
propriamente ditos temos cada vez menos e, na verdade, talvez só na Folha, com
Torero, Xico Sá.
O estilo de Nelson
Rodrigues, por exemplo, é possível que fosse visto hoje em dia apenas como
masturbação, em vez de ser curtido com a devida devoção.
L.A:
Não parece ironia que no auge do
período militar, na década de 1960, a literatura esportiva tenha até premiado
autores, com reportagens que denunciavam falcatruas no futebol? (Prêmio
Esso/1967 – O Futebol Brasileiro: o longo caminho da fome à fama, de João
Máximo; e Prêmio Esso/1968 – Juiz, Ladrão e Herói, de Vital Bataglia e
Hedyl Valle Jr.)
J.K:
Digamos que o futebol era
visto como válvula de escape. A ponto de João Saldanha ser chamado para dirigir
a Seleção.
L.A:
Qual sua rotina e processo de criação e
produção para textos mais elaborados, no blog, resenhas, livros, etc?
J.K:
Vixe, faz tanto tempo que
não tenho tempo para textos mais elaborados...
L.A:
Como analisa o atual momento do mercado
editorial de livros sobre futebol?
J.K:
Com grande alegria ao
constatar como as coisas mudaram para muito melhor neste particular no Brasil.
L.A:
Quais são os 5 livros nacionais e os 5
estrangeiros de sua preferência?
J.K:
A Estrela Solitária, de Ruy
Castro; A Democracia Corinthiana, de José Paulo Florenzano; A Dança dos
Deuses, de Hilário Franco Júnior; O Futebol como linguagem, de David Azoubel
Neto; e Veneno Remédio, de José Miguel Wisnik.
Como o Futebol explica o
Mundo, de Franklin Foer; Jogo Sujo, de Andrew Jennings; O senhor dos anéis, de
Andrew Jennings e Vyv Simson; Futebol, o Brasil em campo, de Alex Bellos; Entre
os vândalos, de Bill Buford.
L.A:
Nem sempre o gosto do leitor é igual ao
do autor. Após anos escrevendo, seria capaz de escolher um texto que tenha
escrito e que considere “especial”? (poderia reproduzi-lo aqui, neste espaço?)
J.K:
Honestamente? Não acho que
um dia tenha escrito nada que possa ser considerado "especial".
Para saber mais sobre Juca Kfouri, ver:
http://www.livrariacultura.com.br/scripts/resenha/resenha.asp?isbn=8570603568
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